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J\u00e1 se foi o tempo em que as empresas podiam se dar ao luxo de decidir se iam ou n\u00e3o desenvolver estrat\u00e9gias de comunica\u00e7\u00e3o com seus p\u00fablicos. Pensando pelo lado das ag\u00eancias, o desafio era bem menor: t\u00ednhamos maior controle sobre as ferramentas, as informa\u00e7\u00f5es e consegu\u00edamos gerir crises de uma forma mais contundente.<\/p>\n

Hoje, o sil\u00eancio por si s\u00f3 j\u00e1 \u00e9 capaz de provocar uma crise de imagem sem limites na internet. Exemplo? Basta acompanhar as redes sociais dos pol\u00edticos e envolvidos com esc\u00e2ndalos recentemente. Se h\u00e1 alguma manifesta\u00e7\u00e3o da parte deles nas redes sociais, logo s\u00e3o recha\u00e7ados por milhares de usu\u00e1rios; se n\u00e3o h\u00e1 nenhuma, idem. Como em outras \u00e9pocas, o sil\u00eancio continua sendo a pior alternativa (muito embora seja dif\u00edcil justificar o injustific\u00e1vel).<\/p>\n

Desenvolver estrat\u00e9gias de comunica\u00e7\u00e3o, a princ\u00edpio, pode parecer algo trivial. N\u00e3o \u00e9 raro encontrarmos clientes (de tecnologia) gastando horas fazendo seu pr\u00f3prio site e gerindo as suas redes sem planejamento. Perdem tempo e gastam dinheiro em iniciativas pouco efetivas. Ali\u00e1s, considere que hoje as ag\u00eancias t\u00eam dois problemas: n\u00e3o t\u00eam \u00e0 disposi\u00e7\u00e3o um belo\u00a0budget<\/em>\u00a0por parte dos clientes e os desafios, em tempos digitais, \u00e9 extremamente maior. At\u00e9 mesmo as grandes empresas investem menos e querem mais resultados.<\/p>\n

Nesse sentido, para a pr\u00f3pria sobreviv\u00eancia dos empreendedores de comunica\u00e7\u00e3o e marketing, o trabalho tem que ser de alta qualidade. Tem que trazer retorno para o cliente (e ROI j\u00e1 \u00e9 uma frequente nas propostas comerciais). O mercado de comunica\u00e7\u00e3o se transformou brutalmente nos \u00faltimos anos (e continua mudando), lan\u00e7ando desafios para os profissionais nunca vistos. Uma empresa que lidera hoje amanh\u00e3 pode estar morta. Alguma semelhan\u00e7a com empresas de tecnologia?<\/p>\n

Por falar em empreendedorismo, embora os ambientes de tecnologia tenham predomin\u00e2ncia masculina, queria chamar a aten\u00e7\u00e3o para um dado curioso no Brasil: de forma particular, o n\u00famero de empreendedores homens e mulheres se equipara no pa\u00eds, conforme relat\u00f3rios do GEM (Global Entrepreneurship Monitor<\/em>), respons\u00e1vel pelas maiores pesquisas mundiais sobre o tema. Sem mimimi ou feminismo, esse \u00e9 um assunto interessante que tamb\u00e9m gostaria de comentar por aqui.<\/p>\n

Afinal, empreender n\u00e3o \u00e9 para qualquer um: \u00e9 para quem tem carne, osso e cora\u00e7\u00e3o. N\u00e3o porque as empresas se tornaram boazinhas \u2013 as quest\u00f5es ligadas a gest\u00e3o de pessoas est\u00e3o no centro da estrat\u00e9gia de qualquer organiza\u00e7\u00e3o. O Brasil vem se destacando nos \u00faltimos anos em termos de quantidade de empreendedores, mas o maior desafio continua sendo a qualidade desses novos neg\u00f3cios. Continuamos l\u00e1 embaixo no ranking dos pa\u00edses inovadores, e isso diz muito sobre nossas defici\u00eancias em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 educa\u00e7\u00e3o e \u00e0s pol\u00edticas p\u00fablicas.<\/p>\n

Bem, agrade\u00e7o a voc\u00ea que teve paci\u00eancia de ler este post at\u00e9 o final. Que este seja um espa\u00e7o de di\u00e1logo e de confrontos tamb\u00e9m, pois a inova\u00e7\u00e3o e as melhores ideias nascem a partir das discuss\u00f5es construtivas.<\/p>\n

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